No fim de agosto, no Expo Center Norte, aconteceu uma feira de profissões, um evento da revista Guia do Estudante. No momento que eu soube, decidi que queria ir. Eu e uma amiga acabamos por organizar uma excursão pelo IF para a feira, com direito a trabalhar na secretaria do Instituto e algo mais. Só que hoje, eu não estou aqui só para falar como foi a feira, fazer uma avaliação crítica ou ao menos dizer como eram os estandes. Estou a ponto de abordar um tema que todos já pensaram, ou pensarão um dia.

         Quem nunca ouviu a pergunta quando era pequeno: "O que você quer ser quando crescer?"? Quando eu tinha cinco anos, eu queria ser cabeleireira; aos seis, estilista. Lá pelos oito, decidi que seria agente secreta, queria viver nas emoções máximas da vida. Aos dez, achei que tinha talento para ser cantora (Doce ilusão). Cheguei então a fase mais consciente da minha vida. Quando fiz doze anos decidi o que queria para o resto da vida: Seria juíza. Como já mencionei em outro post, sou extremamente justiceira, logo conclui que eu estava seguindo a ideia certa.

Escolher uma profissão...

        Sempre achei que trabalharia na área de humanas, até que algo revolucionou minha vida: o Instituto Federal de educação, ciência e tecnologia de São Paulo. Na hora da inscrição para o vestibulinho, tinha duas opções de curso: Mecânica ou Eletroeletrônica. Gritei em minha mente: "Onde está o curso de humanas nisso? Odeio exatas!". Mas eu estava restrita aos dois cursos. Li um parágrafo na internet sobre eletroeletrônica, além de pensar: "Poxa! Eu não quero consertar carros."

         Acabei escolhendo um curso na ignorância, e começando as aulas, tenho que confessar, foi estranho, eu estava tendo uma certa intimidade com as matérias de exatas que não era comum para mim. Não gostava mais das aulas de matérias humanas, tinha virado uma tarada por contas. Quando percebi, vi que era aquilo que queria fazer para o resto da vista, montar circuitos, fazer plantas elétricas e acionar motores. Hoje tenho quase certeza que quero fazer engenharia elétrica. Quase porque ainda penso em algumas outras engenharias e cursos tecnológicos. 

       Na feira do Guia do Estudante, tive a oportunidade de conversar com professores de algumas universidades, como a Unifei e a Mackenzie, e fiquei realmente impressionada. Eu e meus amigos assistimos uma palestra de orientação vocacional, e o palestrante disse algo que vou guardar para mim pelo resto de minha vida: "Tomar uma decisão não é escolher entre uma coisa que você gosta e algo que você não gosta. Escolher uma profissão é olhar para dois cursos diferentes e dizer que você pode fazer os dois, mas que um tem uma prioridade maior, uma identificação maior com você. Acima de tudo, não se esqueça de ser extremamente feliz."

      Acho que é isso. Escolher uma profissão tem que considerar a qualidade de vida, status econômico, lugar a fazer a faculdade, mercado de trabalho e alguns outros pontos, mas acima de tudo, algo que você queira fazer todos os dias. Ninguém diz que trabalhar é legal, no entanto, quando se ama o que se faz, a vida flui naturalmente. 

      Estou no fim do segundo ano, e me preparando psicologicamente para 2014, pois quero fazer cursinho, encaminhar minha vida e entrar direto na universidade (Altas dúvidas entre Unicamp, Unifei ou Unesp). Tenho que terminar o IF, é claro, e ficar pronta para o que chamam de vida de gente grande. E nessa vida, que eu mal conheço porque não passo de uma pirralha equivocada, penso que cada um deve agir do modo que acredita ser o certo. Na verdade, agir desse modo no momento atual também, porque o seu futuro pertence a você. Pare de se perguntar se está certo a escolha que está fazendo, apenas olhe para si, e diga: "O que eu vou ser quando eu crescer?", se o curso que quer responde esta pergunta, só posso lhe desejar que enfrente tudo, e seja muito feliz! Boa sorte no resto de sua vida!