Feliz dia dos professores!

23:13

Nasci em casa de professora. Desde pequena, convivi com esse universo: livros, materiais, provas, mimeógrafo (cheiro de álcool também). Ter mãe professora é quase que padecer no paraíso porque eu acabava fazendo lições como se fosse aluna dela. Minha mãe foi a primeira das minhas professoras, e a partir de então, nunca mais parei de estudar, o que me levou a conhecer pessoas que marcaram meus caminhos e fazem parte do que sou hoje. Como homenagem, nada mais justo do que citar alguns professores que tanto me influenciaram.
Começando pela professora Adriana, a qual me deu aula nas primeiras séries do ensino fundamental e que foi incrível na sua missão de ensinar e cumpriu verdadeiramente o seu papel comigo e posso dizer que ela é responsável por uma grande parte da base escolar que tenho.
O tempo passou, e pude encontrar vários outros como o Professor Hilário, a Tia Cris, o Elias, o Bill e tantos outros! Cheguei ao Instituto Federal e me deparei com professores que foram muito mais do que meros observadores de meu desenvolvimento acadêmico.
Galhardo, com seu jeito engraçado e ao mesmo tempo bravo, foi o professor que me desafiou, me deixou irritada para que eu pudesse provar que eu conseguia. Foi ele que tirou o meu grande ódio por matemática, transformando-a (apesar de tudo) em algo divertido suportável.
João Moro, o Grande João Moro. O que falar de um professor que teve que lidar com uma aluna chata como eu? Sofri, e como sofri. Ainda não superei meu trauma com física, mas guardo grandes lembranças porque eu estava por um fio, de recuperação, mas ele acreditou em mim, e disse: “Eu te vejo ano que vem. Você consegue, Duda. Eu acredito em você.”
Paulinha, com toda sua loucura, foi uma grande professora. Bravíssima, entretanto, nos tratou com tanta pessoalidade e carinho que foi impossível não se sentir cativado por ela e suas aulas. (Ainda que eu nem sempre fosse a mais dedicada das alunas).
E a Zezé? Que professora mais linda! Cheia de estilo e ainda me ensinou a desenhar um monte de coisa que eu nem imaginava ser capaz. Explorou meu lado artístico, mostrando a que vinha sua aula de artes. Apoiou-nos em teatro, e até na dança de tango que fiz com o Marcelo.
Ana Cristina esteve comigo nos últimos três anos, e no começo, até não parecia que ia ser uma professora que marcasse tanta presença assim. A verdade é que nunca vou esquecê-la. Sensível, incentivadora, ela nos apóia. É uma mulher maravilhosa, a qual eu levo como um espelho para a vida. Tenho orgulho de ser aluna de uma pessoa tão forte e especial quanto ela.
Não poderia me esquecer daquele louco do Chico, um professor de química que faz jus a toda loucura que se pensa sobre um cientista, pesquisador. Todavia, faço notório seu modo de agir, sendo sempre um professor exemplar, que sabe falar a voz de seus alunos e ainda assim nos ensinar tudo que precisamos saber.
Mestre José Erick! Quase me matou com eletricidade no primeiro ano, só que nos últimos dias ele ouviu o que eu disse e muitas outras pessoas disseram. Ele nos ajudou, colocou sua compreensão sobre nós, e nos ouviu. Sentimo-nos felizes porque não fomos ignorados. Ele se mostrou um profissional excepcional.
A querida Sandra marcou imensamente meu caminho esse ano. Não foi só uma professora, foi uma amiga. Conversou comigo, mostrou muita coisa além do meu campo de visão. Ajudou-me, se importou, não só comigo, mas com meus amigos também. USP ou UFMG? Ainda não sei, porém não me esquecerei das palavras de incentivo recebidas dela. Fico imensamente triste por já ter me despedido dela.
Um professor muito especial para mim é o Professor Edmilson. Sem ele, eu não teria enxergado muitas coisas, ele abriu minha visão, mostrou detalhes quase que imperceptíveis. Sem ele, eu não teria feito um dos projetos que mais me orgulho na vida. Não tenho palavras para agradecer o professor que foi o orientador mais incrível que eu poderia ter tido.
O Kleber foi outro, que apesar de bem doido, tem sido um excelente professor para mim. Finge que não vai dar aula, e acaba colocando tanta coisa pra fazer que me deixa louca. É uma honra ser a monitora dele, e com certeza, ele foi muito mais que professor, foi um amigo que serve para dar muita risada.
O professor Cristiano disse uma coisa que me marcou muito em sua primeira aula e é algo que nunca me esquecerei: “Acreditem que todos vocês têm um dom. Exercitem esse dom. Eu acredito em vocês, e vocês devem acreditar também.”
Ele acabou por resumir uma ideia que acredito muito. E se hoje estou aqui é porque todos esses professores que citei e muitos outros acreditaram em mim e fizeram com que eu acreditasse no meu potencial.
Costumo dizer que ser professor é uma arte, e alguns são artistas tão fenomenais que é fácil ficar boquiaberta. Ser professor não é só chegar e falar um monte de conteúdo que pode ser um fardo, e sim passar o conhecimento de forma proveitosa, rindo quando precisa, chorando com seus alunos, sendo pessoais, amigos, apoiadores.
Um professor que acredita em seu aluno marca sua história para sempre.
Sei que hoje em dia a profissão é extremamente desvalorizada, contudo eu digo a todos os professores do mundo: Acreditem! Vocês têm o poder de mudar e revolucionar todos os dias! Vocês podem entrar em sala e trazer o diferente, porque mesmo que alguns alunos resistam, todos querem alguém que acreditem neles.
Quem sabe um dia eu não seja uma professora? Apesar das minhas ideias de predestinação, tudo é possível.
Eu só posso dizer que me orgulho de ter tido cada um de vocês como professores, e vocês sempre serão um grande exemplo para mim.

Feliz dia dos professores!

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2 coment�rios

  1. Existem professores que marcam nossa vida mesmo, né? Se eu fosse fazer um post desse, não daria certo, porque sairia enooooorme, hahaa!
    Duda, parabéns! O seu blog é lindo demais! Já virei leitora! Te desejo muito sucesso!
    http://cheirode-pipoca.blogspot.com.br/

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  2. E como!
    Muito obrigada, Vitória!
    E qualquer hora passo lá no seu blog, tenho certeza de que ele é incrível!

    Beijos!

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