Top 5 #Livros

21:20



Hoje estou aqui para fazer o Top 5 pela primeira vez. Para começar bem a tag, vou indicar cinco livros que achei maravilhosos e foram, de alguma forma, marcantes. É claro que foi um processo extremamente difícil, porque entre tantos, é quase uma missão impossível eleger cinco livros. Além dos livros que vou mostrar, me encantei por muitos outros e deixo claro que ler é essencial, é descobridor, revelador e tudo de bom.

Em quinto lugar, "A Abadia de Northanger" da Jane Austen. Só coloquei-o por último porque o li recentemente. Posso dizer? Jane Austen brilhou como brilha em todos os seus livros. Todas as críticas incisivas sobre a sociedade preconceituosa, machista e elitista do século XIX é exposta mais uma vez. O mais interessante é que a maioria dos perfis apresentados estão na nossa sociedade atual. Critica-se a ganância desmedida dos casamentos feitos por dinheiro, e como a inocência da protagonista a impede de ver a maldade e defeitos nas pessoas que está em volta. A personagem principal, Catherine Morland, sai da vila que mora e vai para um local mais movimento, um centro. Lá conhece diferentes pessoas e tem diversas relações com ricos e pobres e por sua ingenuidade sempre julga bem as pessoas. É extremamente interessante, com um final que ao mesmo tempo que possui uma tradicionalidade, também mostra outro lado da personagem como mulher, como heroína. Mostra também como ela volta de sua aventura de forma crítica, radical e excelente.


"Na minha cadeira ou na tua?" é um livro escrito pela brasileira Juliana Carvalho. Conta a história real do que aconteceu com a autora em um relato pessoal. Aos dezenove anos, Juliana sofre um incidente e acaba por parar na cadeira de rodas. É nesse momento que toda sua vida muda: sua relação com a família, com o namorado, com a faculdade, com os amigos, consigo mesma. É um livro que fala de um nove descobrimento, de uma nova jornada pessoal que a autora foi forçada a trilhar e as inúmeras formas que se sentiu angustiada. Extremamente emocionante, me fez derramar muitas lágrimas e repensar a minha vida. Foi um dos livros que li e tive que parar para analisar minhas reclamações e dificuldades dos acontecimentos diários. Com toda a certeza esse livro deve ser lido e aproveitado em cada palavra.
É uma pequena amostra de que muitas vezes a vida vai dar um tapa na nossa cara, mas não é nada que não possamos revidar.
https://www.facebook.com/naminhacadeira < Curtam a página do livro, leiam, comentem com a autora. 



Chego, então, ao clássico "Orgulho e Preconceito"! Também é uma obra da maravilhosa Jane Austen (eu realmente gosto muito dela). A pergunta que não quer calar: como não amar Orgulho e Preconceito? Começando com a protagonista, Elizabeth Bennet, com uma personalidade implacável, com aqueles indícios feministas que eu amo ver. Austen continua com suas duras críticas à sociedade do século XIX, aos problemas entre as classes sociais mais altas e a mais baixas, além de fazer vários apontamentos em cima da instituição do casamento. Não posso me esquecer, obviamente, do maravilhoso Mr. Darcy! Oh, aquele Mr. Darcy contagia meu coração com todo o mistério, nobreza e seriedade. O mais interessante é ver ele sendo colocado contra tudo o que viveu e o que acredita pelo amor que sente por Elizabeth. Para os fãs de um bom romance, este livro possui a receita certa: críticas desmedidas, uma heroína forte e questionadora e um amor de fazer o coração bater mais forte.



Em segundo lugar, trago "O Céu Está em Todo Lugar", da Jandy Nelson. Comprei esse livro por acaso, simplesmente por estar em promoção. Mal sabia que eu que estava comprando algo que seria muito mais que um livro. Acabou se tornando um exemplar frequente na minha cabeceira, não me canso de lê-lo. Conta a história de Lennie, uma garota de dezessete anos que perde a irmã mais velha. Por ter sido abandonada pela mãe com a avó, a perda de sua irmã a coloca em um estado deprimente em relação a vida. Porém, quando volta para a escola, se depara com um belo rapaz que começa a conquistar seu coração, criando uma aflição dentro dela, a qual é descrita na capa do livro: "Eu deveria estar de luto, não me apaixonando...". A parte psicológica da protagonista é extremamente explorada, o que acaba por criar uma personagem tão complexa que chega a deixar o leitor perturbado. Só descobri que Lennie tinha dezessete anos no meio do livro, algo que me encantou ainda mais: não é uma personagem bobinha, não é um amor tonto, mas sim algo profundo. Lennie também tem uma mania encantadora: a de escrever poesias e textos em objetos descartáveis, muros, árvores, bancos. No início de cada capítulo, a autora colocar uma das poesias escritas. Tem uma frase deste livro que sou apaixonada, e ela diz o seguinte: "Você pode contar a sua história da maldita maneira que quiser. É o seu solo". Leiam esse livro. Vocês serão tocados na alma.


Não há como falar de livros incríveis e não citar Saramago. Em primeiro lugar, temos "Ensaio Sobre a Cegueira". Definitivamente, foi um dos livros que me trouxe uma das maiores reflexões da minha vida. A cada página lida, era necessário parar para digerir o que havia sido lido. Cada parte era como um choque para mim, o qual só gerava balbucios da minha parte. Todo mundo tem que ler esse livro um dia. A história gira em torno de uma cegueira misteriosa que começa a contagiar o mundo, começando por um homem em um farol. A partir disso, todas as pessoas que entram em contato com esse primeiro homem a cegar começam a ficar cegas também.
Numa tentativa de conter o problema, o governo cria uma espécie de isolamento para os doentes, um projeto de manicômio, onde ninguém que enxerga orientará os que ficaram cegos. É necessário que eles aprendam a viver com a cegueira, em um grupo de desconhecidos, totalmente perdidos. As dificuldades surgem na busca de uma organização, na ideia de poder que passa a surgir depois de um tempo, além do papel de cada um na situação que vivem. Um ponto muito importante que não deve ser esquecido é uma personagem que não fica cega. Ela é a peça chave na história porque ao mesmo tempo que não possui a cegueira, ela é obrigada a enxergar todo o caos que está ao redor dela, além da sujeira, da corrupção humana.

Esse foi o primeiro Top 5, e espero que vocês gostem das indicações, que leiam e que sintam na alma grandes sensações!


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2 coment�rios

  1. Dos livros citados, nunca li nenhum deles, mas assisti o filme Ensaio Sobre a Cegueira, produzido com base na obra de mesmo nome. Um filme e tanto...
    É interessante como algumas coisas que nos marcam profundamente acontecem de surpresa, enquanto você está deitado no sofá na madrugada, alternando entre os canais entediantemente. Foi assim comigo.

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    1. Ah, mas essas coisas que acontecem aleatoriamente são as melhores, justamente por não terem sido planejadas. As obras são excelentes, mas Ensaio sobre a Cegueira tem um brilho a mais.

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