O quê? Dezessete anos?

20:34

Queridos leitores, 

Estou de volta! Sim, faz alguns meses que não dou o ar da minha graça por aqui. Dei uma reformada no layout, troquei banner, fontes. Ainda o ajustarei, mas por enquanto, deixemos como está.
Hoje não é uma data qualquer, por isso escolhi-a para meu retorno ~triunfal~
Hoje é meu aniversário. Sim! Estou ficando mais velha, completando longos dezessete anos de vida. É bem estranho estar mais perto dos vinte anos do que dos dez. A verdade é que ainda me sinto uma criança, e na teoria, estou bem mais perto da vida adulta do que realmente sinto. Sinceramente? Quero voltar a brincar de vendedora, casinha, andar de bicicleta.
Volto a abordar o mesmo ponto de sempre: A vida está passando rápido demais. Li num livro que horas podem parecer anos, mas que um século pode se tornar apenas segundos em nossas memórias. Que sábia colocação do autor. Nem vi o que passei até agora, as coisas voaram. Fala sério! Estou mesmo com dezessete anos ou é apenas um sonho do qual ainda não consegui despertar?
Não é justo, sabe, esse negócio da vida passar num momento. Parece que não vai dar pra fazer tudo que eu preciso. No entanto, ao mesmo instante, parece que já vivi tantas situações e que elas já estão exageradamente longes de mim. 

Com Birdy ecoando nos meus fones de ouvido, sinto-me tocada pelas lembranças. Estou mesmo crescendo. As versões passadas de mim rondam como fantasmas, não como perturbações, todavia para me lembrar do quanto evoluí. Sou obrigada a admitir que fiz uma imensidão de coisas tontas, o que me leva ao clichê de que se gosto do ponto que cheguei, tais atitudes foram úteis. Todas as decisões erradas fizeram parte do meu crescimento pessoal.
Porém, não quero pensar em nada no momento. Só quero ter cinco anos novamente. Que época fácil, o ano demorava tanto a passar. Dia vinte e cinco de março era a data almejada durante minutos, aguardada ansiosamente. Hoje em dia, só é o dia que direi "Obrigada" várias vezes e farei uma prova impossível. Lembro ainda da minha festa de dez anos. Como eu me diverti. Escorregador, pula-pula, brinquedos, presentes. Que saudades mais intensa.
Recentemente, teve meu aniversário de quinze anos. Aconteceu agora, praticamente. Mas seria interessante voltar para aquele dia. Meu riso era muito mais inocente do que eu podia imaginar. Talvez quebrar os ideais ilusórios seja deprimente demais para passar por isso o resto da vida. Será que é isso que chamam de maturidade?

Não sei se é um ato infeliz, contudo, receio ter descoberto que nem tudo que eu esperava que fosse de tal jeito aconteceu. Talvez tenha percebido que as pessoas não são tão compreensíveis quanto parece e que cada segredo é algo precioso. Amizade foi algo que mudou para mim também. Fiz quinze anos, e queria, de todo o jeito, fazer parte de algo, ter amigos, ser conhecida. Só que isso é tão banal, que é uma perda de tempo. O importante é ver a si mesma como um ser completo, porque quando isso ocorre nada mais importa.
Fiz dezesseis anos com todas as certezas sobre a vida, com as felicidades escancaradas em minha mente. Faço dezessete anos com todos os medos possíveis, devaneios complexos, e em busca de algo maior que ainda não encontrei, e também não sei o que é.
Fazer aniversário lembra a mim que a responsabilidade chega aos poucos para todos. Só de lembrar que tenho que passar no vestibular, sobreviver em uma faculdade, fazer estágio, arrumar um emprego, casar, tentar ter uma família, tentar fazer parte de algo... Bem, só de escrever já fiquei ligeiramente cansada. É melhor estabelecer um passo calmo e compassado para seguir o resto de meus dias.
Falando em futuro: esqueçam minha certeza sobre engenharia elétrica. Não sei de mais nada. Ando propondo a mim mesma, cursos como Direito, Letras, Ciência da Computação, Midialogia, Matemática. Estou tão perdida quanto um grego na Rússia. O que vocês me imaginam fazendo? Espero que não seja levando uma vida vagal por uma esquina.    
      Acho que é nítido que estou entrando nesse novo ano de vida com um receio enorme, já que o colégio acaba esse ano e opa! O que acontece depois? Ninguém ensinou a gente o que fazer. Sempre voltamos para escola, com professores, colegas e brincadeiras bobas. Quem disse que nos preparam para enfrentar uma vida pela frente?
     Na quarta série, escrevi um texto para minha professora. Dizia sentir falta da infância. Eu e minha pobre mania de ser uma pirralha equivocada desde que nasci. Ela me disse: “Duda, fique tranquila. Ainda dá tempo”. Infelizmente, eu não fui a única dominada por um equívoco. Não dá tempo, não dá. Tudo acontece rápido demais para que possamos ter alguma noção. Talvez o principal a se pensar é: viver. Viver intensamente cada minuto, cada dor, cada riso, cada bobagem. Não se sabe quando tudo sairá do lugar, a felicidade está nos pequenos detalhes. A felicidade está em cada segundo do foi vivido. Vamos viver?  





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